
Fonte: OneWorldMap
O governo britânico tem publicado em seu site oficial https://www.gov.uk estudos sobre a mobilidade urbana e o seu planejamento para chegar em alta performance em 2040.
As pesquisas levam em consideração as necessidades presentes e futuras dos usuários e os avanços tecnológicos que estão em andamento, deixando espaço para o que ainda virá.
A política do governo em relação a essa questão visa responder aos anseios da população, motivar pesquisas e investimentos em tecnologia que tragam mais eficiência com responsabilidade ambiental e que proporcione novos modelos de negócios.
Conheça um pouco como esse Estado de primeiro mundo enxerga e planeja o futuro da mobilidade.
Mobilidade coletiva
O Reino Unido é um Estado soberano composto por 4 países: Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales.
A capital do Reino Unido – e da Inglaterra – é Londres, que ao contrário de Brasília, também é o centro financeiro mais importante.
Fundada pelo romanos no ano 50 d.c. foi batizada como Londinium que significa longínquo em latim.
Em razão de muitas disputas de poder e incêndios ela foi reconstruída muitas vezes e é um símbolo de tradição e avanço tecnológico ao mesmo tempo.
Se compararmos as cidades de Londres (1.572 km2 e 8,9 milhões de moradores) e São Paulo (1.521 km2 e pouco mais de 12 milhões de habitantes) temos a noção do quanto ainda há que percorrermos no caminho da mobilidade e inclusão. Confira:
Londres tem:
- Underground -11 linhas de metrô que somam 270 estações;
- Overground – 9 linhas de trem que somam 112 estações;
- Tramlink – 39 estações que circulam apenas no sul de Londres;
- Waterbus – 1 linha com 3 terminais;
- Ônibus – 8000 unidades que fazem 700 rotas diferentes…
São Paulo tem:
- Metro: 6 linhas que somam 89 estações;
- Trem: 7 linhas que somam 94 estações;
- Barco: nao tem
- Ônibus: estima-se cerca de 280 mil (infelizmente não conseguimos checar alguns dados, mas se você os tiver, escreva nos comentários, por favor)
Planos para o futuro:
Não bastasse tudo o que tem sido feito no decorrer de toda a sua história, Londres e todo o Reino Unido olham adiante e se preparam para continuar sendo um lugar que encanta.
Esses são alguns dos planos para o futuro:
Carros elétricos
Em 2015, haviam registrados 28.188 carros elétricos “plug in”, sendo 9.934 somente elétricos e 18.254 híbridos ou plug-in hybrid electric vehicle, também conhecidos pela sigla PHEV (com motor que funciona tanto a combustão como por impulso elétrico). (Wikipedia)
Em 2019 estima-se que eram ao menos 37.850 e calcula-se que a troca de todos os veículos movidos a combustão por eletricidade, no Reino Unido, acontecerá até 2040.
Mas, a preocupação em monitorar e diminuir o impacto no meio ambiente tem pelo menos uma década.
Transporte limpo: em 2010 o número de todos os carros licenciados com emissões ultra baixas no Reino Unido era de 1.568 unidades. No terceiro trimestre de 2019 esse número saltou para 228.286. (Fonte: https://www.statista.com)
Foto: site www.whatcar.com
Carros autônomos
Segundo o site do governo britânico, diferentes companhias estão trabalhando no desenvolvimento de carros autônomos – que não precisam de motorista.
O governo está apoiando um projeto de ônibus sem motorista em Edimburgo e dois projetos de táxis autônomos em Londres – transporte mais barato vem chegando!
Celulares e internet: tecnologias aliadas ao governo
A estratégia governamental considera os celulares e a internet importantes aliados para que se possa proporcionar aos contribuintes e usuários uma melhor experiência no exercício da mobilidade urbana.
Com eles é possível planejar e agendar as jornadas com mais segurança e assertividade.
Os veículos podem utilizar a internet para “conversarem” e evitarem acidentes de trânsito sem a interferência humana.
Fonte: https://auto.howstuffworks.com
Drones e bikes: Outras formas de transportar
As bicicletas, os patinetes e scooters são uma realidade e desde cedo as crianças são estimuladas a utilizá-los.
Quem anda por Londres percebe todos os dias, criancinhas de três ou quatro anos indo para a escola de patinetes.
Profissionais liberais e freelancers que necessitam se locomover para atender clientes costumam usar bicicletas e scooters elétricos.
As ruas são feitas para serem desfrutadas por cadeirantes e eles fazem parte do tráfego de pessoas que vão as compras, pubs, bibliotecas, e seus locais de trabalho com a mesma desenvoltura de qualquer outra pessoa da comunidade.
Os drones, porém, são uma preocupação a mais para os administradores públicos. Atualmente são utilizados apenas para transportes de emergência ou para tarefas pontuais, como checar a segurança de alguns bairros, mas as prefeituras estão trabalhando em leis e normas que regulamentem o uso desses aparatos, pois há a preocupação de que esses dispositivos venham a criar um intenso tráfego nos céus das cidades.
Empresas como a Amazon e a Cargo Drones estão investindo milhares (ou bilhões) de dólares enquanto esperam essa liberação!
Photo by Kelly Sikkema on Unsplash
Mobilidade estratégica para continuar caminhando e compartilhando meios de transporte
A coletividade, a inclusão social efetiva e o cuidado com o meio ambiente são assuntos muito presentes nas pautas públicas que rondam a coroa da rainha e o desktop setup do primeiro ministro.
A maior preocupação é em como aumentar a segurança e o espaço público de convivência – em lugar de se preocupar com a coleta dos impostos e receitas oriundas de estacionamentos e multas. Baratear serviços e colaborar com a qualidade de vida e longevidade dos cidadãos fazem da mobilidade urbana um tema planejado para o futuro e executado no presente.
Pensar nos riscos de cada inovação ou na falta dela, e respeitar o ritmo e opções pessoais de cada indivíduo, tendo a sensibilidade de não ferir as expectativas das pessoas que são avessas aos aparatos tecnológicos, como a internet e o celular, é o diferencial dessa nação.
O Reino Unido é um lugar onde as tradições são preservadas e, mesmo assim, as novidades encontram seu lugar.