O que acontece na rotina de CEOs de uma cadeia de restaurantes dos Estados Unidos e um banco Alemão? E o que isso tem a ver com uma importante player coreana do mercado tecnológico mundial e uma multinacional britânica-neerlandesa ( países baixos)?

Seriam manifestações mundiais da Cultura Hacking?
O Job Sharing é mais um conceito que você precisa conhecer – ou exercitar.
Saiba um pouco mais sobre esse assunto para poder informar e discutir com seus colegas de trabalho.
O que é?
Job Sharing ou Work Sharing é o arranjo produtivo em que duas pessoas – ou mais – dividem o mesmo posto de trabalho em partes do dia ou em dias diferentes da semana.
Isso reduz a hora de trabalho de ambo/as aumentando a performance da equipe, com a velha fórmula da eficiência: mais resultado com menos tempo investido, pois a redução da carga horária e a rotina menos massacrante deixam de impactar na produtividade.
Uma das evidentes vantagens é o fato de que não há possibilidade de acúmulo de carga horária, diminuindo custos com horas extras e aumentando vagas de postos de trabalho, colaborando com a prosperidade social.
Nesse novo esquema os méritos são creditados cada vez mais à equipe e não individualmente, diminuindo o impacto de licenças maternidade e médicas, férias, compensações por banco de horas e demissões não planejadas (como é o caso de solicitação de dispensa pelo colaborador) nos resultados globais .
Troca não, compartilhamento!
Em nosso texto sobre cultura hacking, abordamos a sugestão de troca temporária de CEOs para criar novas formas de ver o negócio, proporcionando outros caminhos para a expansão.

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Mas, e se você fosse convidado/a a compartilhar o seu cargo e posto de trabalho com outra pessoa, efetivamente?
Essa é uma tendência que vem dos altos escalões e promete verticalizar com a forte inclinação da busca pela qualidade de vida, racionalização do tempo de trabalho e foco na evolução pessoal e harmonia familiar da geração millennials.
Chipotle, Deutsch Bank, Samsung e Unilever
A rede americana de restaurantes Chipotle e a alemã Deutsch Bank já utilizam o Job Sharing na rotina dos CEOs.
Já a coerana Samsung tem três presidentes que sentam na mesma cadeira.
Mas a que vem verticalizando notadamente essa nova forma de gestão de pessoas é a UNILEVER (a gigante de bens de consumo como alimentos, bebidas, produtos de limpeza e produtos de higiene).
Essa é uma ação que a empresa pretende divulgar como um benefício para os seus colaboradores, tornando-se cada vez mais atraentes a novos talentos e aumentando o engajamento interno.
Tanto que tem até um vídeo no Youtube intitulado JOB-SHARING SUCCESS AT UNILEVER.
Job Sharing: experiência no Brasil
Segundo matéria da Revista Exame, a Unilever brasileira começou a apostar nisso por causa de um insight de duas colegas de trabalho, que, em razão disso foram promovidas.
Carolina Mazziero (ex-parceira de negócios para food solutions e desenvolvimento organizacional) e Liana Feracotta (ex-BP de marketing e pesquisa e desenvolvimento) passaram a dividir as responsabilidades da diretoria de recursos humanos.

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Carolina ficou com as segundas, terças e quartas e Liana com as terças, quartas e quintas.
Como a empresa já adota o regime de home office nas sextas, para a maioria dos colaboradores, esse dia colabora com o aumento o recesso de fim de semana para ambas.
Com a redução em 40% da carga de trabalho, elas conseguem ampliar horizontes impensados pelos seus antecessores: maior convívio com os filhos, tempo de qualidade para estudar e se atualizar e cuidarem da melhoria global de suas vidas.
Isso, certamente, é um grande trunfo para a empresa:
“A organização me tem em um nível de engajamento altíssimo. Quando estou aqui, estou de corpo e alma, completamente focada nos desafios que tenho”, conclue Liana.
E você, já divide a sua mesa com outros colegas de trabalho?
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